Memória do Tenente-Coronel José Agostinho
Pedem-me para falar sobre a memória que tenho de José Agostinho (JA) (1888-
1978) – Sr. Tenente-Coronel José Agostinho, como então o conheci. Entendo que este
convite tem apenas a ver com as afinidades e ligações de ambos às ciências da atmosfera
e, em particular, à climatologia das Ilhas dos Açores; salvaguardadas naturalmente as
devidas distâncias infinitamente a favor da sua ilustre pessoa.
Pessoalmente conheci-o mal, devo desde já dizer. Salvaguardado o facto de o recordar
como figura pública do meio açoriano como, aliás, toda a gente o reconhecia.
Em poucas palavras, o meu contacto mais directo com o Sr. Tenente-Coronel deveu-se
à sua ligação ao Rádio Club de Angra (RCA), local onde eu trabalhava à época como
operador de som e na produção de alguns programas – ocupação a que me dediquei
desde os meus dezasseis anos em complemento à minha vida de estudante, até ter sido
convocado para o serviço militar no ano de 1972. Nestas circunstâncias, o meu contacto
com José Agostinho era esporádico; muitas vezes no âmbito dos frequentes eventos
culturais e sociais promovidos por aquela estação emissora, e de eu ter tido a oportunidade
de gravar alguns dos seus apontamentos radiofónicos, dos quais me lembro com
mais pormenor as gravações no antigo estúdio 2 do RCA, bem como os depoimentos
gravados na sua casa da Miragaia, quando já tinha alguma dificuldade em se deslocar
à antiga sede do RCA para o efeito.
Para mim, jovem iniciado nas ciências da natureza e da geografia por via das aulas e
ambiente dos laboratórios e museu do antigo Liceu de Angra do Heroísmo, bem como
através dos esporádicos exemplares da National Geographic Magazine – resgatados
juntamente com números da Popular Mechanics aos “excedentes” da base americana
das Lajes –, mas também através das obras de literatura de ficção e de aventura de Júlio
Verne, Daniel Defoe, Luis Stevenson, Mark Twain; Herman Melvile e de Emílio Salgari,
que ilustravam e estimulavam a imaginação dos da minha geração, o Sr. Tenente-Coronel
José Agostinho personificava a figura vitoriana de um cientista, em simultâneo
sábia e cosmopolita, que tanto se aventurava nos céus das ilhas a bordo do “Açor” pilotado pelo intrépido e seu contemporâneo
Capitão Frederico de Melo
1, como se deslocava a Salzburgo ou a Washington
para debater com os seus pares, em qualquer uma das várias línguas que falava, os
destinos dos emergentes serviços de meteorologia internacional. Pessoa discreta,
mas acessível, conhecido e respeitado por todos, era particularmente acarinhado
pelas comunidades piscatórias e gente do campo – não havia peixe dos mais estranhos,
ou “garça” desgarrada do seu bando e apanhada exausta nos pauis do interior
das Ilhas, que não lhe fossem desinteressadamente parar às mãos – não acontecia excesso da natureza, erupção, tremor de terra
ou tempestade, que não lhe fosse pedido interpretação e respectivo acompanhamento,
quer por interpelação directa nas ruas, quer através de opinião emitida aos microfones
do RCA, ou nas páginas do jornal
A União, para conforto e sossego das populações.
Da sua correspondência internacional é fácil perceber o sentido universalista da sua
personalidade, expresso, aliás, nas palavras de Vitorino Nemésio:
(...) refugiou-se na sua terra..., precioso guia de quantos passam nas nossas ilhas
do atlântico com caixa de herbário ou martelo de rocha, enfim com qualquer fito
de investigação naturalista.
Nestas circunstâncias, e pese embora o significativo desfasamento cronológico entre
a minha e a sua geração, não será
de estranhar o meu interesse pela personalidade de José Agostinho
e pelo seu legado; interesse que, para além de pessoal, é também
obrigatório se atendermos às razões profissionais nos domínios
da minha actividade lectiva e de investigação científica. Consulto
com frequência os seus escritos;
em particular os que se referem
às geociências, com mais atenção
para as questões relacionadas com
o clima e meteorologia dos Açores. Apesar disso, não me considero um profundo conhecedor
do seu trabalho. Longe disso. Não me permito sequer dissertar sobre as razões
históricas, políticas e pessoais que antecederam e determinaram o seu percurso científico,
razões inegavelmente associadas às vicissitudes da sua carreira militar, à época em que
viveu – de forte interesse pela ciência naturalista – e ao desenvolvimento das ciências da
atmosfera precursoras da meteorologia e dos serviços meteorológicos internacionais no
atlântico, estas últimas indissociavelmente ligadas aos Açores e à figura de Afonso Chaves
2,
exemplarmente já estudadas por Conceição Tavares e vertidas na sua tese “Albert I
do Mónaco, Afonso Chaves e a Meteorologia nos Açores (2009)
3”. Sobre o enquadramento
da sua obra no contexto do desenvolvimento científico nos Açores, destaco o trabalho
de Luís Arruda, o “Descobrimento Científico dos Açores. Do povoamento ao início da
erupção dos Capelinhos (2014)
4”, bem como outros referidos na Enciclopédia Açoriana
5.
Dito isto, limitar-me-ei a esboçar em três notas alguns aspectos que relevo como ilustrativos da personalidade e do pensamento de José Agostinho, bem como da sua
consciência cívica e empenho pelos interesses da comunidade em que se inseria.
NOTA 1
Para a primeira nota, recorro ao relatório apresentado à Comissão Administrativa
da Junta Geral do Distrito de Angra do Heroísmo a 24 de Dezembro de 1929, em resposta
à solicitação que lhe foi dirigida a 28 de Outubro do mesmo ano e pela mesma
Comissão para, conjuntamente com a pessoa do Dr. Luis da Silva Ribeiro, estudassem
“as modificações que ao Governo se deverá propor nos termos do Artº 4º do Decreto
Nº 15.805 ”, visando a transferência das competências do Ministério da Instrução para
as Juntas Gerais, para o que se exigia uma reformulação e “adaptação” de todo o tecido
educativo à apertada lógica e disciplina do Estado Novo recentemente implantado.
Este relatório, do qual se reproduzem alguns excertos, é inegavelmente demonstrativo
da coragem política e do empenho cívico de José Agostinho e de Silva Ribeiro
na defesa de um ideal de sociedade baseado nos valores do conhecimento científico e
da instrução democrática e generalizada à população, contrariando aquelas que seriam
as pretensões economicistas do poder central – para não falar de outras –, fortemente
condicionado já pela figura do seu Ministro das Finanças, Oliveira Salazar.
Não julgamos possível fazer quaisquer reduções nos serviços de instrução do distrito
sem que isso acarrete inconvenientes grandes, que não se justificam nem mesmo pelo
grande desejo de fazer economias em que todos estamos empenhados…
De facto a instrução primária do distrito carece é de ser melhor dotada visto
que nem o número de escolas está de harmonia com a população em idade escolar,
nem as instalações e apetrechamento das escolas está à altura da sua missão, apesar
dos louváveis esforços que a Junta Geral tem feito ultimamente para melhorar tudo isso; não se pode pensar sequer em fazer qualquer redução na instrução primária,
antes se torna indispensável dota-la melhor, logo que isso se torne possível.
(…)
A questão da redução do número dos liceus centrais que no continente tem
uma certa justificação não a tem aqui nos Açores onde os transportes são muito
caros e as comunicações difíceis. Já se tentou resolver esta questão dando subsídios
aos alunos do distrito que fossem frequentar fora os cursos complementares: esses
subsídios porém não poderiam ser tão grandes que permitissem aos alunos que
tem poucos meios viverem fora de suas famílias; e, francamente, aos que os tem
tais subsídios não se justificam. Somos pois de opinião que o liceu se deve manter
como central.
(…)
Perante esta conclusão, a de ser impossível fazer quaisquer reduções nos serviços
de instrução, somos forçados a confessar que a Junta Geral não pode por aqui
aliviar o seu orçamento…
Angra do Heroísmo, 24 de Dezembro de 1929.
Da aceitação do relatório então produzido foi dado nota ao "Exmo. Senhor Major
José Agostinho" que:
A Comissão Administrativa da minha presidência, tomando conhecimento do
Relatório que V.Exª, conjuntamente com o Sr. Dr. Luiz da Silva Ribeiro, tiveram
a amável condescendência de, a pedido da mesma Comissão, superiormente redigirem,
e com cujas conclusões ela inteiramente se conformou, deliberou consignar
na acta da sessão de 2 do corrente mês, um voto de agradecimento e louvor por
esse importante serviço prestado não só à causa da instrução mas também a este
corpo administrativo o que tenho o prazer de comunicar a V. Exª.
Com os protestos da minha maior consideração desejo a V. Exª
Saúde e Fraternidade.
Comissão administrativa da Junta Geral de Angra do Heroísmo, 4 de Janeiro
de 1930.”
Assinada pelo Presidente “Manuel de Sousa Menezes”
NOTA 2
Numa segunda nota, proponho-me demonstrar a mentalidade aberta, a universalidade
e actualidade científicas de José Agostinho, bem como o seu enorme entusiasmo pelas
ciências aplicadas. Para o efeito, recorro à correspondência trocada com António Gião
9
entre 1930 e 1931, onde Agostinho elogia e expressa alta consideração pelo trabalho de
Gião, pese embora, e relevando-se o facto, deste ter na altura apenas 24 anos, sensivelmente
metade da sua idade.
Esta correspondência, da qual se apresentam alguns excertos, sendo bem ilustrativa
da actualidade na percepção das potencialidades que a aplicação da física viria
a trazer à reprodução numérica dos fenómenos atmosféricos
10, em detrimento das
regras empíricas utilizadas então para a previsão do estado do tempo, revela-se como
uma prova da extraordinária personalidade e atitude moderna e nada preconceituosa
de José Agostinho face ao conhecimento, se atendermos à normal postura do status
científico português de então no que à inovação dizia respeito, sobretudo se vinda de
jovens investigadores.
2 de Dezembro de 1930.
Exmo. Sr. Dr. António Gião,
Instituto Real Meteorológico da Bélgica, Uccle, BRUXELAS.
Exmo. Senhor Doutor,
Há alguns anos tive ocasião, ainda em vida do coronel Chaves, de preparar uns
gráficos e dados vários para V. Ex.ª que então cursava a universidade de Coimbra.
Mais tarde tive ocasião de falar a seu respeito com o seu antigo condiscípulo e meu
patrício, o Dr. Ramiro Machado. Foi-se passando o tempo e quási cheguei a supor
que a vocação de V. Ex.ª para a meteorologia tivesse esbarrado nalgum desses escolhos
que tantas vezes põe termo às mais alevantadas aspirações de gente moça.
Enganei-me felizmente.
(…)
Há tempos recebi o primeiro trabalho de V. Ex.ª sobre mecânica diferencial
das frentes e do campo isobárico. Agora mandam-me a primeira parte das suas
investigações sobre as perturbações mecânicas dos fluidos. Supus ao princípio que
se tratasse de mais uma tentativa de resolver o problema fundamental da meteorologia
por uma forma elegante, um pretexto para uma exibição mais ou menos
aparatosa de alta cultura matemática.
(…)
Afinal porém concluí que V. Ex.ª a tinha abordado a questão por um lado
tal que lhe permitia não se afastar nunca dos factos reais, encostando o raciocínio
matemático constantemente aos fenómenos materiais e acabando por entrar numa
via que pode muito bem ser a que há-de conduzir-nos a uma solução fundada em
termos rigorosos, teóricos, e ao mesmo tempo tão simples e prática que possamos vir
a utiliza-la na tarefa de cada dia, sem que aqueles que hajam de aplica-la tenham
de possuir habilidades de INAUDÍ11.
(…)
Em presença de tal conclusão eu não podia mais tempo calar o meu entusiasmo
por ver um compatriota galgar assim em poucos anos a um lugar tão proeminente
na meteorologia, a mais difícil das ciências… E venho aqui simplesmente para
manifestar a V. Ex.ª esse meu entusiasmos, porque julgo que muito especialmente
aqueles que ocupam cargos na meteorologia nacional não podem ficar indiferentes
ao triunfo de V. Ex.ª.
Esta missiva dá origem a uma longa resposta de António Gião datada de 3 de Janeiro
de 1931, na qual, para além de uma extensa descrição das suas actividades e planos
para o futuro, demonstra grande apreço pelo interesse que o seu trabalho despertou
em José Agostinho.
Na resposta de José Agostinho de 7 de Maio de 1931, pode ler-se:
(…)
Primeiro que tudo desejo-lhe ardentemente o melhor êxito na aplicação do seu
método de previsão…
É de alegrar o sabermos que num ramo científico – e demais a mais num
tão difícil e ao mesmo tempo de tão prática aplicação – um português produz um
trabalho original de mérito universalmente reconhecido. E, creia V. Ex.ª, o meu
orgulho de português por tal facto é bem inferior ao de meteorologista que está
cansado – porque não direi vexado – de ver esta ciência ainda mergulhada num
empirismo que já se não compadece com o espírito deste século e que vê raiar uma
esperança de que qualquer coisa se possa vir a fazer de prático e preciso, com papel
e lápis, no problema da previsão meteorológica.
NOTA 3
Para terminar, uma terceira, breve, mas mais do que justa nota para relevar a
relação de José Agostinho com o Rádio Club de Angra, Instituição da qual foi ilustre colaborador e Presidente da respectiva Assembleia Geral entre 1956 e 1967.
Concebido inicialmente a partir das experiências dos radioamadores Belmiro Rocha
e Fausto Cristóvam nos idos anos 40 do século passado, o Rádio Club de Angra
(estação emissora CSB80) transformou-se rapidamente num verdadeiro projecto comunitário
que envolveu de forma espontânea e intimista todos os estratos e sectores
da sociedade terceirense ao longo de gerações, bem como toda a estrutura política e
administrativa do então Distrito de Angra do Heroísmo. Esta consonância de esforços
e entusiasmo constitui, porventura, um dos raros casos de união e oposição face às
conveniências do Estado Novo, manifestamente interessado à época em fazer ouvir
apenas a voz oficial da “sua” Emissora Nacional
12. Prova disso, é o facto de nunca ter
sido autorizado ao RCA o tão desejado aumento de potência do seu emissor de onda
média, que, de tal forma, permitisse à “A Voz da Terceira” ser ouvida com qualidade
em todo o arquipélago, ou ainda mais além como então ingenuamente se pretendia.
Em boa verdade, a História do Rádio Club de Angra está em parte por fazer, pese
embora o trabalho de Pedro de Merelím aquando das comemorações do 25º aniversário
desta estação
13; sobretudo no que se refere ao contributo desta estação emissora para a
formação cultural, coesão social e consciência colectiva dos açorianos, em particular da
população do Grupo Central das Ilhas dos Açores. O Sr. Tenente-Coronel José Agostinho
foi, com toda a certeza, um dos seus mais ilustres e conhecidos colaboradores.
É assim que, neste enquadramento, a divulgação do conhecimento e legado científico
de José Agostinho, de inegável interesse universal, difundido de forma exemplar
através das suas famosas crónicas semanais aos microfones da “Voz da Terceira” – que
agora, e em boa hora, se reeditam – para além de constituir um indubitável património
científico e cultural dos Açores, revela-se ainda hoje como um exemplo de modernidade
na forma de comunicar ciência.
Eduardo Brito de Azevedo, Climatologista
1. Outro terceirense notável, pioneiro da aviação militar em Portugal.
(https://philangra.blogspot.com/2017/10/frederico-coelho-de-melo-1895-1971.html)
2. ENCICLOPÉDIA AÇORIANA (http://www.culturacores.azores.gov.pt/ea/pesquisa/Default.aspx?id=1772)
3. TAVARES, C. (2009), Albert I do Mónaco, Afonso Chaves e a Meteorologia nos Açores – Sociedade Afonso Chaves,
ISBN 978-972-97774-5-5.
4. ARRUDA, Luís M. (2014), Descobrimento Científico dos Açores. Do povoamento ao início da erupção
dos Capelinhos – Instituto Açoriano de Cultura, ISBN 978-989-8225-37-5.
5. ENCICLOPÉDIA AÇORIANA - Agostinho, José - http://www.culturacores.azores.gov.pt/
6. ENCICLOPÉDIA AÇORIANA - http://www.culturacores.azores.gov.pt/ea/pesquisa/default.aspx?id=10611
7. Decreto nº 15.805, de 31 de Julho de 1928, que procede à transferência dos serviços de diversos Ministérios
(Comércio, Agricultura e Instrução) para as Juntas Gerais.
8. Circunstância que, a coberto da concessão de uma pretensa autonomia concedida ao poder local, se veio a revelar
desastrosa em termos financeiros para as Juntas Gerais, atendendo a que à transferência de responsabilidades não corresponderam
as devidas transferências de recursos.
9. António Gião (1906-1969). Nascido em Reguengos de Monsaraz o seu percurso académico, após estudos secundários
em Évora, leva-o em 1923 a Coimbra onde inicia estudos de Fisico-Química para, logo no ano seguinte, aparentemente
descontente com as limitações do nosso ensino à época, partir para Estrasburgo onde se formou em Engenharia Geofísica
e Física. Entretanto, e ainda como estudante, em 1926, tinha ele apenas 20 anos, publica um artigo sobre nuvens na
prestigiada revista "NATURE" – terá sido o 1º português a conseguir tal feito. No total da sua carreira terá publicado
mais de 150 artigos, muitos deles nas melhores revistas da especialidade (Physical Review; Comptes Rendus; Journal de
Physique, etc.), quase sempre como único autor, fruto provavelmente da sua personalidade ao que consta irrascível, a
qual lhe trará muitos problemas com colegas e alunos ao longo da sua carreira, inclusive com queixas para Salazar. Pese
embora esta circunstância, torna-se uma personalidade de reconhecimento internacional, convidado para professor no
MIT, tendo-se correspondido com as figuras mais destacadas do mundo da Física ao longo da sua vida, entre elas com
Albert Einstein e Erwin Schroedinger. Consta que terá recusado o convite para participar numa expedição internacional
de voo em dirigível sobre o Polo Norte em 1928, capitaneada por Umberto Nobile, o que lhe valeu escapar a uma
tragédia que vitimou parte da tripulação. Radicado em Paris, publica o livro La Mechanique Différentielle des Fronts
e du Champ Isallobarique (1930), prefaciado por Émile Delcambre e Jacob Bjerknes, dois meteorologistas internacionalmente
reconhecidos. Regressa a Portugal em 1946 em virtude da guerra, e radica-se em Reguengos onde se isola. Foi
posteriormente Professor Catedrático da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e investigador da Fundação
Calouste Gulbenkian, instituição onde funda (1962) e dirige o Centro de Cálculo da Fundação Gulbenkian, considerado
ainda hoje como o precursor das ciências da computação em Portugal. Em 1963 cria a revista de Ciência da Fundação
Gulbenkian e organiza em Lisboa o congresso Cosmological Models com a presença de Hermann Bondi, de Pascual
Jordan e do jovem Stephen Hawking.
10. Uma interpretação actualmente incorporada nos modelos numéricos de previsão do estado do tempo.
11. Jacques Inaudi (1867-1950) – Considerado um prodígio em cálculo matemático mental.
(https://www.wikiwand.com/en/Jacques_Inaudi).
12. Cuja programação, à época, estava longe de merecer o interesse dos ouvintes dos Açores.
13. Esboço Cronológico do RCA por Pedro de Merelím, “Rádio Club de Angra 1947/1972” publicado aquando do 25º
aniversário desta estação emissora.