"...também em algumas escavações se tem encontrado sinais de edifícios que já houve, e outras coisas que deixam em perplexidade. À vista do que parece haver outro povo habitado - lá nessas idades milionárias - a ilha de Jesus..."
"Sem dúvida que, achando-se a ilha cerrada de mato bravo, e todo inacessível e impenetrável, não havia lugar a explorar-se o seu interior para logo se examinarem os profundos vestígios que em muitas partes fizeram os carros - do mesmo cintel que os de hoje- e dos quais ainda aparecem rompidas duríssimas pedrarias nos matos altos: Caminho do Borratém, Areeiros, fim da Serra, Cavacas, Caldeira e outras muitas partes onde os nossos nonagenários confessam sempre os conhecerem, já com admiração dos seus pais, que os tinham por obra de remotos séculos."
"...não se poderiam conhecer esses vestígios à primeira vista, nem tais relheiras de carros fazer-se ainda durante os séculos XVII e XVIII nos quais não havia precisão de se carrear tanto para os matos altos, onde estão os vestígios de que se tratam."
(in Ferreira Drummond. 1850. Anais da Ilha Terceira. Tomo I. Edição de 2016. Câmara Municipal de Angra do Heroísmo. Nota 51 da página 69).