A Casa da Atafona, é um museu biográfico e de família, de José Dimas Ávila, onde se preservam memórias pessoais, familiares e coletivas.
A Casa da Atafona é uma homenagem ao trabalho rural, e é um património de memórias e vivências dos homens e das famílias que viviam no campo, nas freguesias rurais da ilha Terceira, em concreto na freguesia das Doze Ribeiras, aludindo também à história da emigração açoriana para os Estados Unidos da América.
Este Museu, resulta do empenho e investimento individual de José Dimas, que enquanto emigrante na Califórnia, projeta este sonho e vontade de erguer, no espaço da casa da sua família de origem (hoje propriedade sua), uma atafona e nela preservar e expor um espólio pessoal diverso que o próprio recolheu e restaurou ao longo de anos.
Com esta iniciativa, de cariz identitário, social e cultural na freguesia da sua naturalidade pretende contribuir para a valorização e o desenvolvimento desta localidade, e também valorizar um percurso de vida, como emigrante que vive entre dois mundos, os Açores e a Califórnia.
A Casa da Atafona é um espaço rústico, de cor, beleza e sentimento. Esta Casa é um romance entre o seu fundador e cada peça que escolheu para amar, cuidar e partilhar com quem ali chega por curiosidade, e parte fortalecido de encanto.
A sua fachada imponente de empedrado perfeito, e a eira de terra batida, convida a olhar este edificado como um livro, e ao entrar lê-se uma história, muitas histórias, capítulos diversos, curiosidades, que se forem contadas na primeira pessoa, pelo José Dimas, redobram de interesse e emoção.
A Casa tem como peça central de destaque, a atafona, que lhe dá o nome e nela sobressaem os elementos naturais, a madeira, a pedra e o ferro que são os materiais base de todos ou quase todos os utensílios do espólio.
O carro de bois, as grades, arados, enxadas, foices e foicinho, o conjunto de chocalhos, entre tantas outras peças, descrevem as formas da agricultura e a lavoura de então. O joeiro, a foice e a forquilha recontam o modo de cultivo dos cereais e dos legumes que depois eram debulhados e malhados na eira. O barril, as pipas e os cestos de vime, aludem aos modos da cultura da vinha que quase todos, faziam para consumo próprio.
Parte do piso superior da casa recria o ambiente doméstico e os afazeres femininos, o tear, a máquina de costura, utensílios de cozinha e um quarto de dormir em cama de ferro e colchão de folha de milho.
Em todo o espaço há um jogo de peças e contrastes entre o rústico e rural terceirense/ açoriano e as inovações, com peças de vanguarda, que na época já eram usadas para os mesmos fins nos vales da Califórnia.
Integram a área circundante da Casa da Atafona, a “Barbearia de José Meneses”, pai de José Dimas, que recuperou o local onde aquele exercia a tarefa de barbeiro aos fregueses das redondezas, e também um belíssimo “poço” tradicional, reservatório de água natural.
O Museu Casa da Atafona foi inaugurado a 10 de agosto de 2019 e desde então tem sido reconhecido por várias entidades governamentais e agentes ligados à cultura e promoção turística local, sendo parte da Rede de Museus e Coleções Visitáveis dos Açores.
Com o propósito de dinamizar e promover o Museu e apoiar a gestão e manutenção de todo o espólio existente e eventuais doações, a 4 de março de 2020 foi criada e registada uma Associação sem fins lucrativos, que deverá manter a visão, e matriz identitária, social e cultural, do seu fundador.
Na Casa da Atafona Museu Local, você será sempre Bem Vindo!
Contatos para visitas:
969 037 972
963 552 361
963 279 598
Associação Casa da Atafona Museu Local
Angra do Heroísmo, 16-06-2021