Nasceu José Augusto Cabral de Melo, terceirense, poeta e escritor, calígrafo de nomeada.
Foi cavaleiro professo na ordem de Cristo, secretário da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, advogado de provisão, membro correspondente da Academia Philomática do Rio de Janeiro, etc. Nasceu na cidade de Angra, em 22 de janeiro de 1793 e morreu em 16 de outubro de 1871. Poeta, latinista e calígrafo de grande mérito. Das suas obras originais, e são muitas, as principais são a «Ode ao pessegueiro» e as «Poesias Líricas», mas o seu trabalho mais importante é a tradução integral das Odes de Horácio. Inocêncio que no «Dicionário Bibliográfico» lhe consagra seis páginas, escreveu: «A vida deste estimável poeta e insigne calígrafo açoriano, a quem A. Balbi dedicou os devidos elogios no «Essai Statistique», tomo II, pág. 230, aludindo a o seu famoso quadro, por ele oferecido a D. João VI no Rio de Janeiro em 1818, merece sem dúvida um estudo mais extenso e demorado».
Admito ao serviço público em 1809, na secretaria do Governo Geral dos Açores, foi o seu secretário geral até 1826. Em 1828 era secretário da Junta do Paço. Muitas são as obras traduzidas e originais e ainda outras inéditas, como sobre a História Contemporânea.
O distinto latinista Martins Bastos na «Instrução Pública», fez elogiosas referências ao poeta açoriano que o Conselho Superior de Instrução Pública, pela muita consideração que lhe merecia, aprovará algumas das obras, como próprias para uso das aulas de instrução secundária.
In Gervásio Lima, Breviário Açoreano, p. 46, Angra do Heroísmo, Tip. Editora Andrade, 1935.