segunda-feira, 2 de fevereiro de 1722
Morre o Padre António Cordeiro, investigador açoriano, autor da «História Insulana».
Nasceu o padre António Cordeiro na Ilha Terceira, no ano mais celebrado da história desta terra. 1641, em que a ilha se debatia nas lutas da Independência para aclamar, nos Açores, el-rei D. João IV, contra os espanhóis de Filipe II.
O padre Cordeiro, que foi discípulo da Academia Açoriana, que então era o Pátio dos Estudos em Angra, veio a ser seu professor. O primeiro livro que se conhece impresso, falando desta ilhas, é da sua pena - «História Insulana» - mas não é o único livro que publicasse, pois que várias obras em português ou latim firmou o notável sacerdote.
Diogo Barbosa, o bibliófilo, diz de Cordeiro: «Notável foi o progresso que nesta palestra fez o seu talento, assim nas letras humanas e faculdades escolásticas, das quais começou em Coimbra no ano de 1676 a ser mestre, lendo pelo largo espaço de 20 anos retórica, filosofia, teologia, especulativa e moral não somente em Coimbra mas nas cidades de Braga, Porto e Lisboa, admirando assim os domésticos como estranhos a novidade das suas opiniões subtilmente ventiladas e nervosamente defendidas.»
Terminou seus dias no Colégio de Santo Antão, da cidade de Lisboa, no dia 2 de fevereiro de 1722, com 81 anos de idade.
O padre Cordeiro que aos Açores veio em viagem de estudo para a sua «História Insulana» viu tudo que descreve e analisou a documentação a que se refere, como ele próprio confessa no seu livro, que foi editado por ordem da Companhia de Jesus.