Cronologia


sexta-feira, 19 de maio de 1595
D. Manuel doa ao capitão João Vaz Corte Real a alcaidaria do castelo da cidade de Angra.
El-rei D. Manuel, regedor e governador da ordem da cavalaria de N. S. J. Cristo, duque de Beja, senhor de Viseu e da Covilhã, de Vila Viçosa, senhor das ilhas da Madeira e ilhas dos Açores e Cabo Verde, condestável por el-rei nosso senhor de seus reinos, etc. doou a João Vaz Corte Real, fidalgo de sua casa e capitão da Ilha Terceira na parte de Angra e da Ilha de S. Jorge, a alcaidaria-mor destas, com todos os direitos e justiças inerentes, para ele e para os seus descendentes, mandando a todos os almoxarifes das ditas ilhas que o admitissem e como tal o tratassem, bem como os seus moradores. Isto em virtude dos muitos serviços prestados pelo capitão João Vaz que, no dizer dos primeiros cronistas que das ilhas falaram, Frutuoso e Cordeiro, foi o descobridor da Terra Nova, viajando em companhia de Álvaro Martins Homem a quem foi dada a capitania da Vila da Praia, na mesma Ilha Terceira. O facto da descoberta de João Vaz e Martins Homem tem sido referido ou confirmado por investigadores estrangeiros, como Sofus Larsen e outros que apresentam suas opiniões no sentido da viagem referida pelos açorianos que a arquivaram em suas crónicas.
A afirmação dos antigos tem sido a confirmação dos modernos investigadores que hão oferecido mais brilho aos anais gloriosos da história açoriana, ainda imperfeitamente traçada por absoluta carência de documentação nos arquivos nacionais.
Dos Corte Reais falam A. Varnhagen, MalteBrun, Harrisse, Charles de la Ronciere, etc.

In Gervásio Lima, Breviário Açoreano, p. 164, Angra do Heroísmo, Tip. Editora Andrade, 1935.

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Última actualização 2025-06-07->