Morreu o Cónego José Maria Pacheco de Aguiar, grande figura do Clero.
Morreu José Maria Pacheco de Aguiar com 73 anos.
Havendo professado no convento da Graça de Angra, foi, em 1826, para o colégio dos Eremitas Calçados de Santo Agostinho, em Coimbra, e pouco depois para o dos Populo, da mesma ordem, em Braga, onde terminou o curso de preparatórios e teologia e onde foi professor até 1847 em que foi nomeado Prior de Santa Eulália de Águeda.
Em 1854 assumiu a regência duma cadeira de ciências, em Coimbra, para que fora convidado e em 1862 foi transferido para o Seminário de Angra. Aqui foi cónego da Sé, e veio a falecer em 31 de Julho de 1876, tendo escrito e publicado algumas obras, entre as quais: «Períodos da história portuguesa, antigos e modernos»; «História antiga», Porto, 1841; «História moderna», Porto, 1842; «Elementos de metafísica», 1ª e 2ª edição, sendo esta publicada no Porto em 1849; «Cartilha de doutrina cristã», além de muitos sermões e vários apontamentos inéditos sobre assuntos científicos e nomeadamente «Pequena biblioteca açórica» ou «Catálogo dos escritores dos Açores, divididos pelos três distritos, oriental, central e ocidental», que o «Almanaque Insulano» publicou em parte.
Foi vítima da inveja dos escritores da época.
In Gervásio Lima, Breviário Açoreano, p. 237, Angra do Heroísmo, Tip. Editora Andrade, 1935.