Faleceu Sebastião do Canto e Castro Mascarenhas, que se distinguiu como militar.
Sebastião do Canto e Castro Mascarenhas, descende dos Cantos da Ilha Terceira onde se contam os primeiros nomes da história açoriana, como Pero Anes do Canto, provedor geral das Armadas, Francisco Canto, o fundador da cidade da Baía, D. Violante do Canto, que ofereceu a sua enorme fortuna para a causa do príncipe português D. António Prior do Crato, e outros muitos, nasceu a bordo da nau «Rainha de Portugal», no dia 10 de junho de 1821, em viagem do Rio de Janeiro para Lisboa, de pais terceirenses. Foi fidalgo cavaleiro da casa real, do conselho de S. M., grã-cruz da ordem de Leopoldo da Bélgica, comendador da ordem de Cristo, da Conceição e de Aviz, por serviços prestados à Pátria.
Acompanhou o conde de Bomfim até à batalha de Torres Vedras que que foi preso e encarcerado no Limoeiro até 1847. Engenheiro na Companhia da Iluminação do Gaz, na capital, em 1867 foi nomeado diretor geral dos Telégrafos, engenheiro fiscal da exploração de todos os caminhos de ferro portugueses, ministro e secretário de Estado no gabinete do duque de Ávila, governador civil do Porto em 1870, administrador da casa de Bragança na vaga do general Passos, cargo que acumulou como o administrador da casa real. Casou com D. Maria Margarida Stockler Salema Garção.
Nesta família está incluído o almirante João do Canto e Castro da Silva Antunes, que foi presidente da República Portuguesa, quando da morte do Dr. Sidónio Pais, cargo que exerceu com grande brilho.
In Gervásio Lima, Breviário Açoreano, p. 386, Angra do Heroísmo, Tip. Editora Andrade, 1935.