Nasceu na cidade de Angra, D. Antão José Maria de Almada, 2.º conde de Almada.
Entre tantas pessoas notáveis que os Açores tem visto nascer e que na Ilha Terceira embalaram seu berço, distinguido-se nas várias modalidades do génio, quer na ciências, quer nas artes, quer nas letras, na política ou na guerra, levando longe o nome e a fama destes rochedos heroicos e leais, se destacam nomes quase desconhecidos para a maioria dos portugueses, como sendo açorianos; e, neste caso, está D. Antão J. M. de Almada, descendente do fundador ou primeiro chefe do governo geral dos Açores, estabelecido em 1766 por D. José I, em 2 de agosto, e que foi o 2.º conde de Almada, oficial-mor e mestre sala da casa real, comentador da Ordem de Cristo, alcaide-mor de Proença-a-velha, capitão de cavalaria, par do reino e senhor do Pombalino e dos Lagares de el-rei, D. Antão era filho de D. Lourenço José Boaventura de Almada, 1.º conde de Almada e 3.º governador e capitão-general dos Açores e de sua esposa D. Maria Bárbara, que faleceu de parto na data do nascimento deste seu filho e jaz sepultada na igreja de São Francisco da cidade de Angra, ao lado dos Cortes-Reais, de Paulo da Gama, de Afonso Baldaia e tantos portugueses que honraram e serviram a Pátria, glorificando-a. Esta igreja, pertencendo ao convento de São Francisco era considerada o Panteão Açoriano, pelos muitos e valorosos nomes gravados em seus túmulos.
D. Antão faleceu a 5 de abril de 1834, havendo casado com D. Maria Francisca Cyrne Peixoto.
In Gervásio Lima, Breviário Açoreano, p. 351, Angra do Heroísmo, Tip. Editora Andrade, 1935.