Os militares e funcionários da Terceira oferecem um brigue-escuna para serviço nacional.
Nesta data se publicou, na ilha Terceira, o seguinte anúncio:
«Tendo a Regência efetuado a compra do brigue-escuna, brasileiro, mercantil, surto neste porto, e tendo os indivíduos abaixo designados oferecido à mesma Regência como donativo de seu patriotismo e devoção ao serviço de S. M. F., a importância da parte de seus vencimentos nos meses de junho e julho do ano próximo passado, para fazer face a uma parte de importância do preço da referida compra. Manda a Regência, em nome da Rainha, que a comissão encarregada da Administração da Fazenda Pública, faça arrecadar a importância do mencionado donativo patriótico expedindo as ordens necessárias à Pagadoria Militar, em conformidade da lista assinada pelos oferentes que se lhe remete com esta, a qual mandará outrosim dar por via da imprensa a devida publicidade. Palácio do Governo em Angra, 18 de janeiro de 1831».
Segue-se a lista dos subscritores onde se veem os membros da Regência, secretaria de Estado, Estado-Maior-General, Conselho de Justiça, Junta de Justiça, Governo dos Castelos, engenheiros, marinha, artilharia, caçadores, infantaria, voluntários, etc, vendo-se todos os funcionários, militares e civis e alguns particulares de maior representação pública. E, deste modo, o funcionalismo militar e civil da ilha Terceira contribuiu para a armada liberal com uma pequena parcela dos seus vencimentos, demonstração evidente do seu generoso patriotismo.

In Gervásio Lima, Breviário Açoreano, p. 42, Angra do Heroísmo, Tip. Editora Andrade, 1935.