Cronologia


terça-feira, 15 de fevereiro de 1831
Luís Augusto de Abreu e Lima, escreve, de Londres, à Regência na Terceira, à cerca da bandeira.
Carta que se encontra arquivada na obra do Dr. Ernesto do Canto - «O Arquivo dos Açores» - e é de grande valor para a história dessa época:
«Nesta ocasião falei também a Lord Palmerston na admissão da nova bandeira azul e branca, e ele me disse que isso não admitia dúvida, porém que tinha lamentado que tivéssemos mudado as cores nacionais, o que muito nos prejudicava na Europa. Eu procurei justificar a medida pela necessidade de adotar um sinal que distinga a força armada da rainha da do usurpador, acrescentando além disso que a determinação da Regência podia considerar-se como temporária e transitória. Mylord respondeu-me que em todo o caso melhor teria sido adotar qualquer outro distintivo que não fossem as cores de 1820. Expus depois a lord Palmerson o que V. Ex.ª me ordenava relativamente ao bloqueio dessa ilha e ele me respondeu que lhe parecia que este governo poderia prestar-se aos nossos desejos, declarando não reconhecer e dito bloqueio por não ser ele real e efetivo; porém que antes de falar nisso aos seus colegas me pedia de pensar e refletir bem sobre as consequências prováveis duma tal medida, as quais seriam o esforço extraordinário de D. Miguel para aumentar a força do bloqueio e tirar o pretexto que se opunha ao reconhecimento dele
Deus guarde a V. Ex.ª, etc, etc.
Londres, 15 de fevereiro de 1831»

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Última actualização 2025-06-06->