Cronologia


terça-feira, 11 de agosto de 1829
Na vila da Praia trava-se a batalha que fez baquear a esquadra miguelista.
Na madrugada deste dia surgiram dentro da baía da vila da Praia, na Ilha Terceira, 22 vasos de guerra sob o comando de José Joaquim da Rosa Coelho, à ordem de D. Miguel, para subjugar o único ponto do país que permanecia fiel à rainha D. Maria II.
Cerca do meio dia começou o combate entre a esquadra composta de 6.178 homens, com 340 peças vomitando balas sobre os fortes e trincheiras da larga baía onde apenas 12 bocas de fogo a defendiam, postadas as tropas, em pequeno número, ao longo da vila, na previsão de qualquer surpresa de terra, pois havia muitos miguelistas.
Estava a defesa entregue aos «voluntários da rainha» quando saltaram no areal 500 homens sob o comando de Azeredo e Gil Eanes da Costa, travando-se rija peleja em terra e no mar. O major Menezes, intrépido e decidido, impõe aos voluntários o esforço máximo, e breve se viu baquearem as forças miguelistas, mortos os seus comandantes Azeredo e Gil; e quando, ao fim da tarde, entrava o conde de Vila Flor, com reforços para a luta, já os soldados entoavam o hino da vitória, confraternizando com muitos daqueles que horas antes foram os seus inimigos. Se a luta era entre irmãos… Se todos eram portugueses…
Disse um orador da época que a república portuguesa raiou naquele dia memorável…
Após esta vitória e subjugadas as outras ilhas, é que partiram as forças até ao Porto a combater o núcleo poderosíssimo de D. Miguel – 80.000 homens.

In Gervásio Lima, Breviário Açoreano, p. 248, Angra do Heroísmo, Tip. Editora Andrade, 1935.

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Última actualização 2025-06-06->