Nasceu, na Terceira, António da Fonseca Carvão Paim da Câmara, combatente liberal.
Descendente do 1.º barão do Ramalho que de outros liberais descendia, como Manuel Gonçalves Carvão que prestou relevantes serviços a D. João IV, durante o cerco do castelo de Angra, onde foi ferido, António Tomé da Fonseca Carvão Paim da Câmara nasceu dia 10 de novembro de 1808, sucedendo na casa vincular de seus maiores, e faleceu no dia 27 de junho de 1864, com descendência honrosa.
Foi fidalgo cavaleiro da casa real, comendador da Ordem de Cristo, em 1836, condecorado com a medalha n.º 7 das Campanhas da Liberdade, servindo no batalhão de caçadores artilheiros n.º 1 (milícias de Angra) nos postos de tenente e capitão, bem como no Caçadores 5, assistindo, como cadete, ao memorável ataque da Vila da Praia da Vitória, no dia 11 de agosto de 1829, continuando a servir a causa liberal no batalhão de voluntários da rainha D. Maria II, com os postos de capitão e major. Na cidade de Angra desempenhou funções de procurador à junta da Câmara Municipal. Dele descendem: o 2.º barão do Ramalho, Doutor em ciências pela universidade de Bruxelas (1858) e Dr. António da Fonseca Carvão, pela Universidade de Coimbra, que foi diretor da «Escola Primária Superior» da cidade de Angra e publicou um volume, «Apontamentos para lições de pedagogia», 1902; foi governador civil e conservador do registo predial em Angra onde sempre advogou e serviu de Juiz de Direito.
In Gervásio Lima, Breviário Açoreano, p. 339, Angra do Heroísmo, Tip. Editora Andrade, 1935.