Nasceu o poeta terceirense Francisco Joaquim Moniz de Bettencourt (Mendo-Bem), na Praia.
Filho do grande liberal Nicolau Anastácio de Bettencourt, um dos Soldados da Liberdade que se bateram nos areais da Vila da Praia da Vitória, nasceu Francisco Joaquim Moniz de Bettencourt, naquela vila. Desenvolveu-se e educou-se na cidade de Angra e exerceu, com superior competência e brio, as suas funções públicas, como emprego de finanças em Angra, Ponta Delgada, Lisboa, Porto, Guarda, onde morreu delegado do tesouro.
Jornalista, poeta e escritor, tem várias produções espalhadas em jornais e revistas; e, em volumes, deixou: «Esmola aos náufragos», versos, 1878; «Vale das Furnas», versos, 1895; «Florilégio Mariense», versos, 1899; «O Coronel Sousa Silva», 1899; «Notas de viagem», 1899; «Respigando», contos; «Amorosas», versos; «Pela Beira», viagens; «Rimas insulares», versos; «Noites açorianas», versos; «Atlânticos», versos; «Trovas de Mendo Bem», versos; «Cartas açorianas». Algumas destas obras se conservam em manuscrito.
Doou à biblioteca pública de Angra, onde está o seu retrato, a sua biblioteca particular, composta de três mil volumes, sendo-lhe prestada homenagem, pela Câmara, em sua sessão de 25 de setembro de 1902, por proposta do seu presidente Visconde de Agualva, consignando-se-lhe na ata um voto de louvor e agradecimento. Na Vila da Praia da Vitória, onde nasceu, se lhe prestou homenagem, dando-se o seu nome à rua onde está a casa que ele habitou na infância, cerimónia que teve um caráter festivo.
In Gervásio Lima, Breviário Açoreano, p. 368, Angra do Heroísmo, Tip. Editora Andrade, 1935.