Cronologia


sábado, 8 de dezembro de 1804
Nasceu o Dr. António Moniz Barreto Corte-Real, Comissário dos Estudos na cidade de Angra.
Foi, o Dr. António Moniz Barreto Corte-Real, terceirense, bacharel em cânones pela Universidade de Coimbra, umas das individualidades mais distintas do meio intelectual açoriano, nobilitando os cargos que lhe confiavam, servindo a pátria e a instrução, honrando as letras e o jornalismo. Desde que tomou o grau de bacharel, em 1831, exerceu, como proprietário, o lugar de professor das cadeiras de aritmética, geometria, geografia e cronologia, na cidade de Évora, até 1834, ano que voltou à Terceira, sua terra natal, e exerceu nela o cargo de professor, da terceira e quarta cadeiras do Liceu de Angra, até o ano de 1847 em que foi nomeado comissário dos estudos e reitor do mesmo liceu. Como literado, colaborou em vários jornais e revistas, e fundou, na cidade, o jornal «O Liceu», que manteve, dirigindo-o, em 1857; e, de outros seus volumes publicados, merecem especial menção os seguintes: «As belezas de Coimbra», 1831; «Resumo de definição da gramática portuguesa», 1836; «Bibliotecasinha da infância», 1846; «Cartilha para uso das escolas», 1859; «Selecta clássica», 1860.
Quando, no dia 3 de março de 1845, se lançou a primeira pedra do monumento erguido a D. Pedro IV, o primeiro que em Portugal e Brasil se viu à memória do rei-soldado, foi o Dr. Moniz Barreto, como vice-presidente da Câmara, quem pronunciou o brilhante discurso que lá se ouviu. Quando, na Vila da Praia, se ergueu o monumento à memória do conselheiro Silvestre Ribeiro, falou ainda o Dr. Barreto.

In Gervásio Lima, Breviário Açoreano, p. 367, Angra do Heroísmo, Tip. Editora Andrade, 1935.

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Última actualização 2025-06-07->