Nasceu na Ilha Terceira, o Dr. Eduardo Abreu vindo a falecer na cidade de Braga, em 4 de fevereiro de 1912.
Era filho de Bento José de Matos Abreu e de Rosa Amélia Borges da Rocha, continentais que para Angra vieram em 1843.
Deixou várias obras literárias e científicas. O dr. Pinto da Rocha, escritor brasileiro, foca a sua individualidade neste elegante resumo:
«Eduardo Abreu, o grande orador, parlamentar, o grande tribuno académico que foi Samuel Gelb da Universidade de Coimbra, o guiador ilustre da mocidade do seu tempo, a palavra tempestuosa que arrastou a multidão de Lisboa nos comícios populares contra o Ultimatum de Lord Salisbury, a eloquência do vendaval que, enfrentando a força pública, envolveu de crepes a estátua de Camões e afixou na base do monumento ao cantor dos Lusiadas este desafio de fogo:
- Estes crepes que envolvem a alma da Pátria, são entregues ao respeito e guarda do povo, da mocidade académica, do exército e da armada portuguesa. Quem os arrancar é o último dos cobardes vendido à Inglaterra! -
Talento soberbo de tribuno que arrebatou Salmeron, Moret y Pendregast na solenidade do centenário de Calderon, quando Espanha recebia, em Madrid, a fina flor intelectual da Universidade Portuguesa». Assim fala o grande brasileiro.
In Gervásio Lima, Breviário Açoreano, p. 123, Angra do Heroísmo, Tip. Editora Andrade, 1935.