Parte integrante do Centro Cultural e de Congressos de Angra do Heroísmo, este Toiro foi apresentado ao público pela primeira vez aquando da inauguração destas instalações culturais, a 22 de abril de 2003, podendo agora ser observado por todos aqueles que aqui se dirijam.
Localizado no início do pátio de rodeia o edifício, pretendeu ser uma evocação à antiga Praça de Toiros de S. João, que existia neste local e que está ainda presente na memória de muitos angrenses.
Feito todo em tubo de aço Inox, apresenta um toiro estilizado em posição de “investida”, com a cabeça levantada. Foi concebido e desenhado por Renato Costa e Silva e produzido na serralharia de Tomás Vieira, na Praia da Vitória.
Renato Costa e Silva é natural de Angra de Heroísmo (1956). Ainda jovem tomou contacto com notáveis obras de arte em museus europeus. Estuda arquitetura no Canadá, mas não satisfeita a sua incessante busca de conhecimento segue estudando como autodidata. Busca o conhecimento em academias, simpósios, workshops, na literatura e nos grandes mestres que trabalhavam a madeira, a pedra, a cerâmica e o ferro em oficinas e fundição.
Escultor e ceramista, autor e formador, construiu fornos a lenha para cozedura de cerâmica, o seu meio de expressão de eleição, produzindo desde louça de autor e outros elementos, até às esculturas personalizadas. Como ceramista, a pedido da Direção Regional dos Assuntos Culturais faz o Levantamento e Estudo dos Barros da Ilha Terceira e da Cerâmica nos Açores, explorando o potencial e tornando-se num profundo conhecedor dos materiais regionais de origem vulcânica, nomeadamente da composição de pastas com barros vulcânicos, e dos efeitos estéticos destes nas cozeduras a lenha a alta temperatura, cuja técnica foi apurando ao longo dos tempos. O metal e a fibra tornaram-se também elementos frequentes nalgumas das suas obras mais emblemáticas.
Cofundador da Oficina D'Angra é formador em várias oficinas e fez exposições individuais e coletivas em Portugal, França, EUA, Canadá, Bermudas e Kuwait, tendo obras dispersas por várias coleções privadas, museus e outros espaços públicos.
Paulo Barcelos – CMAH