Este memorial, dedicado à 62.ª Conferência Distrital Rotary 1960 que em 2007 se tinha realizado nos Açores, foi inaugurado apenas em 2011. Este atraso de cerca de 4 anos prendeu-se com vários factos, sendo um dos mais importantes a intenção de aproveitar um espaço em particular, que se preparava para sofrer obras de remodelação por parte da autarquia, e que se adequava ao propósito dos organizadores. A placa evocativa da inauguração acabou por ser descerrada a 11 de julho de 2011 pela presidente da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo Dr.ª Andreia Cardoso e pelo Governador do Distrito 1960, José Matias Coelho, que visitava os clubes Rotary da ilha.
No âmbito da reabilitação feita no Fanal, foi possível à Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, numa parceria com o Rotary Clube de Angra do Heroísmo, cumprir o acordado anteriormente, responsabilizando-se pela construção deste memorial. Coube a um grupo de rotários e à empresa Ecoliving Engenharia e Arquitetura Lda. o projeto de conceção do espaço que ocupa uma sobra alargada do passeio público sobranceiro à Baía do Fanal, e que inclui um elemento escultórico.
Um caminho calcetado em pedra calcária alarga-se num círculo onde foi desenhado em pedra negra o distintivo rotário: com a roda que contém ao centro o planeta terra, neste caso substituído por uma estrutura metálica, e que simboliza a internacionalidade e a universalidade; com os vinte e quatro dentes que representam as 24 horas diárias que cada rotário tem para desfrutar, viver e compartilhar com amizade e companheirismo o ideal de servir; com os 6 raios que representam: a importância em se ser um exemplar chefe de Família, a importância da Ação e de se cumprir com galhardia os deveres de bom cidadão, a Amizade cultivando a capacidade de fazer amigos e mantê-los, a ética na Profissão e o respeito pelas regras, respeitar com dignidade a Religião, empenho e capacidade em manter a Instituição rotária cooperante e colaborante. As cores de “Azul e Ouro” da roda rotária, que não era possível reproduzir na calçada, foram aqui substituídas: o Azul que lembra o firmamento, indicando a universalidade e elevação dos propósitos rotários, fica representada na estrutura de tubos entrelaçados que mostram o quanto as relações promovem robustez e estabilidade, e o Ouro que evoca a nobreza e legitimidade dos propósitos que animam o Rotary resplandece na superfície metálica da estrutura nos dias em que o sol brilhar.
Em volta dispõem-se 12 bancos, com uma curvatura que tanto mostra estarem voltados para o interior, onde se decide e prepara a ação, como simultaneamente permitem sentarmo-nos virados para fora, e observar o mundo que beneficia da intervenção rotária, daí saindo por outro caminho marcado no pavimento.
Paulo Barcelos – CMAH